9 de abril de 2024

Tecnologia pode possibilitar produção de enzimas no Brasil

Roseli Andrion  

Pesquisa para Inovação – Enzimas aceleram reações químicas. É assim no organismo humano e nos mais diversos setores da indústria. Atualmente, empresas brasileiras que precisam desse insumo têm de importá-lo. Para mudar esse cenário, a startup Apexzymes vem desenvolvendo uma tecnologia que vai permitir que as enzimas sejam produzidas nacionalmente.

Elas são proteínas que atuam como catalisadores e aumentam a velocidade das reações químicas. Sua aplicação é bastante ampla: de detergentes a alimentos, passando por biocombustíveis e outros. Como são difíceis de fabricar e não há alternativa nacional, são muito caras. “A aplicação acaba sendo restrita, o que prejudica a indústria nacional”, explica o biotecnologista Lucas Salera Parreiras, cofundador da Apexzymes.

Sem as enzimas, é comum que a indústria utilize rotas químicas para acelerar processos específicos na cadeia de produção. Essa opção, porém, gasta muita energia, com altas temperaturas e pressões, além de consumir grandes quantidades de produtos químicos — o que leva a um grande descarte de resíduos e, com isso, produz um impacto ambiental significativo.

A adoção das enzimas, então, busca evitar o uso de catalisadores químicos. “Elas executam o mesmo papel que os catalisadores convencionais, mas utilizam temperaturas mais brandas e, por serem proteínas, não causam mal ao meio ambiente porque são biodegradáveis”, explica o bioquímico Lucas Fonseca, cofundador da Apexzymes.

No momento, a tecnologia da startup ainda está em desenvolvimento, com apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP, mas a empresa já pensa nas próximas etapas. “A nossa tecnologia pode ser utilizada para diversos tipos de enzimas”, explica Parreiras. “Inicialmente, a estratégia é atuar nos setores de biocombustíveis e da indústria alimentícia. Já a longo prazo, a ideia é expandir para outros segmentos.”

A escolha dessas áreas tem motivações importantes. “No setor de biocombustíveis, por exemplo, o Brasil é um dos líderes mundiais. Com a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, há uma tendência global no sentido de substituir os combustíveis fósseis pelos biorrenováveis”, aponta Parreiras. “Já no segmento alimentício, há muita demanda, mas as enzimas são caras e, às vezes, não estão disponíveis.”

Além disso, Parreiras e Fonseca atuaram em uma empresa que fabrica biocombustíveis e, por isso, conhecem de perto a necessidade do setor. “Às vezes, havia demanda, mas existiam apenas um ou dois fornecedores”, lembra Parreiras. “Muitas organizações ficam reféns das empresas estrangeiras que vendem as enzimas. Percebemos que era uma boa oportunidade.”

Investimento estrangeiro

Parreiras pontua que o apoio da FAPESP foi essencial para a criação da Apexzymes. “Quando tínhamos só uma ideia, foi esse apoio que, de fato, possibilitou que a gente iniciasse a empresa”, destaca. Recentemente, a empresa de capital de risco argentina GRIDX fez um investimento na Apexzymes para financiar processos de pesquisa e desenvolvimento.

A parceria veio após um encontro com um representante da empresa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde a startup está incubada. “O investimento da GRIDX possibilitará validar a nossa tecnologia, a partir do escalonamento do processo e da elaboração de um estudo de caso. Assim, teremos informações suficientes para buscar investimento para a construção de uma fábrica”, detalha Parreiras.

Quando o estudo estiver concluído — a previsão é que isso ocorra durante 2025 —, vai ser necessário construir uma fábrica para produzir as enzimas. “O apoio da FAPESP foi fundamental para o desenvolvimento inicial da tecnologia, o que atraiu o interesse e possibilitou o investimento da GRIDX. Ao fim do desenvolvimento, poderemos fazer os cálculos para demonstrar que a construção de uma fábrica é realmente economicamente viável. A expectativa é que possamos entrar no mercado em 2026.”

Com a tecnologia pronta, a startup vai ter de solicitar a aprovação das agências reguladoras correspondentes. “Como são microrganismos geneticamente modificados, é necessária a aprovação da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança [CTNBio]. Além disso, para a indústria alimentícia, por exemplo, precisaremos de aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. O mesmo vai ocorrer com outros segmentos.”

Benefícios para a indústria nacional

As enzimas são utilizadas no processo de produção e não necessariamente compõem o produto final. Mesmo assim, o uso de tecnologias nacionais traz benefícios para o mercado brasileiro, como a redução de custos. “O fabricante vai ter um ganho, seja de rendimento, seja de produzir a um custo mais baixo”, explica Parreiras. “Existe até uma possibilidade de que o produto chegue ao consumidor final com um preço menor.”

A Apexzymes tem algumas estimativas, por exemplo, para o setor de biocombustíveis. “A previsão é poder comercializar nosso produto com valor estimado em 30% do que a empresa gasta hoje com a opção importada”, aponta Fonseca. “Ainda há pontos a serem corrigidos e ajustados, mas vemos bastante potencial.”

Segundo Fonseca, para alguns setores não existem enzimas nem importadas, mas a tecnologia da Apexzymes pode permitir a produção desses insumos. “Às vezes, o produto não existe porque não é viável economicamente. Quando nossa tecnologia estiver pronta, poderemos avaliar se ela permite a fabricação dessas opções.”

Outra vantagem de ter insumos nacionais é o fato de estar mais próximo do cliente brasileiro. “É possível personalizar a enzima de acordo com as necessidades e as características locais”, diz Parreiras. Sem contar a logística, que é facilitada e pode ser corrigida mais facilmente se necessário. “Às vezes, a empresa precisa manter um estoque de enzimas, porque não pode correr o risco de ficar sem elas”, destaca Fonseca. “Se houver problemas no transporte, já que normalmente as enzimas vêm de navio, pode-se perder parte da produção.”

Enquanto atuam no desenvolvimento da tecnologia, os pesquisadores fazem negociações preliminares com empresas de diferentes segmentos já há um ano e meio para obter provas de conceito. “Identificamos clientes que têm interesse no produto, tanto pelas enzimas quanto pelo possível impacto na margem de lucro”, conta Fonseca. “Esses contatos ajudam a entender como as empresas aplicam as enzimas para que elas possam ser ajustadas. Estamos tentando encontrar uma solução comum para atender a diversas empresas.”

Palavras-chave: biotecnologia, enzimas, processos industriais

Inspira Ciência abre inscrição gratuita para professores de todo país


Vista do entardecer no Museu do Amanhã, na Praça Mauá.

O Museu do Amanhã (foto) abre na próxima segunda-feira (8) inscrições para a oitava edição do programa de formação gratuito Inspira Ciência, voltado para professores da educação básica de todo o país. Ele oferece oportunidade de atualização em ciências, abrangendo temas ligados à astronomia, geologia, paleontologia, biologia e ecologia.

“A gente tenta sair um pouco dessa ciência meio dura, como é dada em sala de aula, e trazer outros elementos para que os professores se atualizem e incorporem esses outros elementos e conceitos nas aulas deles”, informou à Agência Brasil a gerente de Desenvolvimento Científico do Museu do Amanhã, Nina Pougy. Ao todo, 900 professores já foram formados pelo programa que oferece, nesta oitava edição, 200 vagas.

As inscrições poderão ser feitas neste link até 12 de maio. Os resultados serão divulgados em 17 de maio.      

As três primeiras edições do Inspira Ciência (uma em 2018 e duas em 2019) foram presenciais. A partir de 2020, com a pandemia da covid-19, o programa se tornou online.

A avaliação da mudança foi positiva, disse Nina Pougy. “Porque a gente hoje consegue contemplar professores de todo o Brasil. Na edição do ano passado, tivemos professores de 24 estados e de mais de 90 municípios. Ficou muito rico esse processo, a formação sendo online, com professores de muitos estados e municípios, com experiências diferentes”. Participam professores das redes municipal e estadual de ensino.

A busca pelo programa é muito grande. No total, foram mais de 5,4 mil professores inscritos. Desses, foram selecionados 1,5 mil, sendo que mais de 900 concluíram o curso. Há aulas expositivas e práticas, trabalhando-se métodos de ensino por investigação. Há aulas mais práticas também de ferramentas tecnológicas que possam ser usadas em sala de aula.

Rede

Além de atualizar os docentes, outro objetivo do projeto é formar uma rede entre professores de todo o Brasil. “A gente sempre cria um grupo de whatsapp - há grupos ativos desde a primeira edição, em 2018, e esses professores compartilham informações, cursos e eventos. A gente valoriza muito esse espaço e essa criação de rede entre os professores, entendendo que muitos deles dividem os mesmos desafios, uma realidade semelhante e a gente consegue aproximar, para que eles tenham esse canal também de comunicação que dura para além desse momento da formação”, acentuou Nina.

Para serem selecionados, os professores devem estar vinculados a alguma escola. A seleção é feita com base em critérios de abrangência territorial, de modo a ter professores de todos os estados. Cinquenta por cento das vagas são oferecidas a professores negros (pretos e pardos), indígenas e quilombolas.

Como o Museu do Amanhã não consegue contemplar todos os interessados, foi produzido um conteúdo gravado (videoaulas) que ficará disponível na plataforma da empresa IBM, patrocinadora do projeto.

Com parceria firmada também com o Canal Futura, no segundo semestre será disponibilizado na plataforma educacional do Futura um conteúdo mais introdutório, visando ampliar o alcance das aulas e dos temas trabalhados pelo Inspira Ciência. O programa é realizado em parceria com o British Council.

Encontros

Em 2024, os professores selecionados participarão de cinco encontros virtuais nos dias 8, 15 e 29 de junho e 6 e 13 de julho. A cada dia, palestrantes convidados falarão sobre temas fundamentais em ciência, componentes da abordagem do ensino por investigação, e ainda haverá tempo dedicado para interação entre os participantes, com o foco na troca de experiências entre eles. No final, haverá uma televisita à exposição de longa duração do Museu do Amanhã, relacionando com todo o conteúdo exposto e discutido, finalizou Nina.

O Museu do Amanhã é um equipamento da prefeitura do Rio de Janeiro, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

10 de novembro de 2022

Líder, brasileiro "quebra" na maratona de NY; entenda por que isso acontece

Esforço em excesso, falta de água ou alimentação insuficiente podem levar a fadiga e abandono de prova


A cena não foi bonita.
No último domingo (6), o brasileiro Daniel Nascimento liderava a maratona de Nova York, uma das mais importantes do calendário mundial. No seu encalço, o queniano Evans Chebet. O ritmo forte imposto pelo brasileiro chamava a atenção, ainda mais por ser em um dos percursos mais exigentes da temporada.
Após cruzar a marca de 31 quilômetros, Danielzinho fez uma inesperada parada no banheiro – atitude rara entre atletas de elite, e sinal de que algo poderia não estar bem. Pouco mais de um quilômetro depois, o brasileiro caiu no asfalto, indicando uma possível perda de consciência. Ele foi atendido pela equipe médica, conduzido ao hospital e diagnosticado com desidratação e hipoglicemia.
Danielzinho é um talento indiscutível do atletismo brasileiro. Disputa troféus lado a lado com os melhores corredores do mundo. Mas, aos 24 anos, ele ainda é considerado um atleta pouco experiente. Na Olimpíada de Tóquio, em 2021, ele também precisou abandonar a prova na metade, após um início igualmente forte.
Danielzinho "quebrou" em Nova York. O jargão é usado entre corredores para descrever quando o limite de um atleta foi superado e ele já não consegue mais manter o rendimento em uma prova.
Por que isso acontece? E, principalmente, como não "quebrar" em uma prova? Este texto tenta responder essas duas perguntas, e para isso conversei com o médico e ultramaratonista Roberto Nahon, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e ex-coordenador médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Por que o corredor "quebra"?
Há três explicações principais para a "quebra" de um atleta, seja ele profissional ou amador. O motivo mais comum é correr em um ritmo mais forte do que o corpo suporta no momento da prova. Outras explicações frequentes estão relacionadas a desequilíbrios, que podem ser energéticos ou hidroeletrolíticos. Ou seja, o corredor pode ter se alimentado mal ou se hidratado pouco durante a prova.
Ainda que os sintomas possam ser diferentes em cada um dos casos acima, o que se observa são sinais de fadiga que podem levar a fraqueza, desorientação e, em casos extremos, perda da consciência.
Como evitar a "quebra"?
O segredo está no planejamento de corrida. Ter uma rotina de treinamentos compatível com os objetivos. Ou seja, estar preparado para a distância e para o ritmo que pretende sustentar durante a corrida. Fazer uma maratona, por exemplo, exige longas semanas de preparação que incluem exercícios intervalados para ganho de velocidade e os famosos "longões" – treinos de rodagem que em alguns casos superam os 30km por sessão.
Estudar a topografia do terreno ajuda, assim como decidir de antemão em quais pontos se hidratar e quando consumir suplementos de carboidrato. Essas informações precisam estar claras na cabeça do atleta antes da largada.
Alimentar-se e hidratar-se de forma adequada na véspera da corrida – com atenção especial às 12 horas antes do início da prova.
No dia da prova, não comer ou beber nada que não esteja acostumado. Treinos longos podem e dever ser usados como um laboratório para construir uma rotina. Testar como o corpo reage com mais água ou menos água. Experimentar encurtar ou alongar a ingestão de carboidrato para sentir o impacto fisiológico disso. A corrida é um exercício mecânico repetitivo, e a rotina correta faz muita diferença no resultado.
Quebrei. E agora?
"Quebrar" não é sinônimo de fim de prova. A sugestão é reduzir o ritmo até que a corrida volte a ser fluída. Isso significa correr mais devagar ou mesmo caminhar por alguns minutos. "A recuperação ativa é bastante eficiente, e em muitos casos o atleta vai conseguir retomar o seu ritmo normal de corrida", explica Roberto Nahon.
O médico também recomenda que o atleta tente se lembrar se pulou algum ponto de hidratação planejado no percurso, ou se esqueceu de ingerir calorias durante a prova. "A quebra poderia ser revertida com a retomada do plano original de água e carboidratos previsto originalmente".
Se mesmo assim não houver melhora, a recomendação de Nahon é que o atleta abandone a prova. "A fadiga pode levar o atleta a correr com a postura errada, algo que sobrecarregaria os músculos e articulações e poderia evoluir para uma lesão".
E você? Já quebrou em alguma prova? Escreva nos comentários

5 de novembro de 2022

Mundial de Revezamento de Guangzhou 23

O Conselho Mundial de Atletismo decidiu adiar o Mundial de Revezamento de Guangzhou 23. Inicialmente programados para 13 a 14 de maio de 2023, eles foram adiados para abril/maio de 2025 (datas exatas a serem confirmadas).

Esta decisão foi tomada em acordo com o Comité Organizador Local de Guangzhou (LOC) e a Associação Chinesa de Atletismo (CAA), devido ao contexto de pandemia em curso.

A referida decisão de adiar esta edição do World Relays envolve a modificação do sistema de qualificação para os eventos de revezamento em vista do Campeonato Mundial de Budapeste 23. qualificação dos revezamentos para levar em conta as oito equipes mais bem colocadas no Oregon22 World Championships in Athletics bem como as oito equipes mais bem classificadas nas listas de melhor desempenho.

O princípio adotado é reproduzir um sistema de qualificação semelhante, permitindo que vários atletas se classifiquem diretamente por meio de competições ou com base nos desempenhos alcançados durante o período de qualificação.

“É lamentável ter que adiar um evento. No entanto, tanto o Atletismo Mundial quanto o Comitê Organizador Local estão comprometidos em realizar a preparação e a realização de Revezamentos Mundiais de maneira responsável, o que inclui garantir que os atletas de todas as Federações Internacionais possam competir e desfrutar plenamente de sua estadia em condições sanitárias seguras”, disse Sebastian Coe, presidente da World Athletics.

“Gostaria de agradecer aos nossos colegas da Associação Chinesa de Atletismo e do LOC por seus esforços e valiosa colaboração para encontrar uma solução para esta situação. Estou ansioso para 2025, quando nossos anfitriões poderão sediar uma edição espetacular do World Athletics World Relays”, concluiu.

No dia 30 de novembro, em Roma, Itália, o Conselho Mundial de Atletismo deve designar a cidade que sediará a edição de 2024 do Revezamento Mundial.

Grandes campeões se enfrentam em NY neste Domingo

O campeão mundial de maratona Gotytom Gebreslase, a medalhista de ouro mundial de cross country Hellen Obiri, o vencedor da Maratona de Boston Evans Chebet e o atual campeão Albert Korir se enfrentarão em duas corridas competitivas na TCS New York City Marathon, um evento do World Athletics Elite Platinum Label , no domingo (6)

A etíope Gebreslase venceu a Maratona de Berlim do ano passado em sua estreia à distância e terminou em terceiro na Maratona de Tóquio em março, antes de conquistar o título mundial em Oregon em julho. Marcando 2:18:11 PB, a jovem de 27 anos quebrou o recorde do campeonato para obter o ouro global e ela se alinha como a segunda mais rápida no campo em Nova York. A mais rápida é a israelense Lonah Salpeter, que conquistou o bronze mundial atrás de Gebreslase em Oregon e correu seu PB de 2h17min45s para vencer a Maratona de Tóquio 2020.

Mas a Maratona de Nova York é um tipo diferente de desafio e Obiri, do Quênia, espera que sua experiência variada seja vantajosa no percurso ondulado. A atleta de 32 anos é bicampeã mundial de 5.000m e conquistou a prata mundial nos 10.000m em Oregon, enquanto conquistou o título mundial de cross country em 2019.

“Sei que Nova York é um percurso difícil, mas espero que minha experiência na pista, estrada e cross country me ajude a navegar pelos altos e baixos”, disse Obiri, cuja corrida mais recente foi a meia maratona Great North Run do mês passado, que ela ganhou em 1:07:05. Ela também definiu uma meia maratona PB de 1:04:22 em Ras Al Khaimah em fevereiro.

Gebreslase não é a única medalhista de ouro da maratona mundial no campo feminino, já que a campeã mundial de 2011 e 2013 Edna Kiplagat também está na escalação, enquanto sua compatriota queniana Viola Cheptoo retorna após seu vice-campeonato no ano passado em 2h22min44seg , o quarto tempo feminino mais rápido já alcançado na Maratona de Nova York. O vencedor do ano passado, Peres Jepchirchir, também estava na corrida, mas desistiu devido a lesão.

Keira D'Amato e Desiree Linden lideram as candidatas americanas. D'Amato correu seu PB de 2:19:12 para vencer em Houston no início deste ano, enquanto Linden venceu a Maratona de Boston de 2018 e eles serão acompanhados na linha de partida por Emma Bates e Lindsay Flanagan.

Também estará presente a medalhista de prata dos 5.000 metros da Etiópia em 2015, Senbere Teferi, Caroline Rotich, do Quênia, Eloise Wellings e Jessica Stenson, da Austrália, e Mao Uesugi, do Japão, vice-campeã da Maratona Feminina de Osaka deste ano.

Chebet é o atleta mais rápido dos homens graças aos 2h03min que ele correu para vencer a Maratona de Valência 2020, um tempo que o coloca em sétimo na lista mundial de todos os tempos. Ele terminou em quarto em Londres no ano seguinte e depois venceu em Boston em abril em 2h06:51, uma das 10 maratonas de sua carreira até agora em que terminou em primeiro ou segundo.

Enquanto isso, Korir está de volta à ação depois de terminar em sexto lugar em Boston, sua vitória em Nova York no ano passado foi alcançada em 2h08min22seg, 19 segundos de seu set PB em 2019, o mesmo ano em que garantiu um segundo lugar final em Nova York.

Tal é a qualidade dos corredores, que Korir é apenas o 12º mais rápido quando se trata de recordes pessoais. O campeão da Maratona de Londres de 2020 da Etiópia, Shura Kitata, e o recordista sul-americano do Brasil, Daniel Do Nascimento, estão empatados em PBs, o vice-campeão da Maratona de Nova York de 2018, Kitata, tendo corrido 2h04:49 naquele mesmo ano em Londres e Do Nascimento, com 2. :04:51 em Seul em abril. O medalhista de prata olímpico holandês Abdi Nageeye também está entre os corredores mais rápidos da lista, juntamente com o japonês Suguru Osako, o suíço Tadesse Abraham e o americano Galen Rupp.

Duas vezes medalhista olímpico, Rupp venceu a Maratona de Chicago em 2017 e foi vice-campeão em Boston no mesmo ano. Ele também terminou em segundo lugar em Chicago em 2021. Ele se juntará a seus compatriotas americanos Leonard Korir, Scott Fauble, Abdi Abdirahman, Marty Hehir e Shadrack Kipchirchir, que faz sua estreia na maratona.

Tal como o atual campeão Korir, o marroquino Mohamed El Aaraby também regressa a Nova Iorque, tendo terminado em segundo no ano passado com 2h09min06seg. 

Principais participantes

Mulheres

Lonah Chemtai Salpeter (ISR) 2:17:45 

Gotytom Gebreslase (ETH) 2:18:11 

Keira D'Amato (EUA) 2:19:12 

Edna Kiplagat (KEN) 2:19:50 

Des Linden (EUA) 2 :22:28 

Mao Uesugi (JPN) 2:22:29 

Viola Cheptoo (KEN) 2:22:44 

Emma Bates (EUA) 2:23:18 

Caroline Rotich (KEN) 2:23:22 

Senbere Teferi (ETH) 2 :24:11 

Lindsay Flanagan (EUA) 2:24:35 

Dakotah Lindwurm (EUA) 2:25:01 

Eloise Wellings (AUS) 2:25:10 

Jessica Stenson (AUS) 2:25:15 

Gerda Steyn (RSA) 2 :25:28 

Nell Rojas (EUA) 2:25:57 

Annie Frisbie (EUA) 2:26:18 

Aliphine Tuliamuk (EUA) 2:26:50 

Stephanie Bruce (EUA) 2:27:47 

Roberta Groner (EUA) 2 :29:09

Molly Grabill (EUA) 2:29:17 

Ruth Van der Meijden (NED) 2:29:30 

Sharon Lokedi (KEN) estreia 

Hellen Obiri (KEN) estreia 


Homens

Evans Chebet (KEN) 2:03:00 

Shura Kitata (ETH) 2:04:49 

Daniel Do Nascimento (BRA) 2:04:51 

Abdi Nageeye (NED) 2:04:56 

Suguru Osako (JPN) 2:05 :29 

Galen Rupp (EUA) 2:06:07 

Tadesse Abraham (SUI) 2:06:38 

Mohamed El Aaraby (MAR) 2:06:55 

Olivier Irabaruta (BDI) 

2:07:13 Tetsuya Yoroizaka (JPN) 2: 07:55 

Leonard Korir (EUA) 2:07:56 

Albert Korir (KEN) 2:08:03 

Girma Bekele Gebre (ETH) 

2:08:23 Scott Fauble (EUA) 2:08:52 

Abdi Abdirahman (EUA) 2 :08:56 

Marty Hehir (EUA) 2:08:59 

Daniele Meucci (ITA) 2:09:25 

Jared Ward (EUA) 2:09:25 

Reed Fischer (EUA) 2:10:42 

Nathan Martin (EUA) 2 :11:05

Matt Llano (EUA) 2:11:14 

Frank Futselaar (NED) 2:11:30 

Matt Baxter (NZL) estreia 

Shadrack Kipchirchir (EUA) estreia



Inscrições para a 97ª Corrida de São Silvestre chegam à reta final

Os amantes de corridas que têm planos de participar da 97ª edição da Corrida de São Silvestre, principal disputa de rua da América Latina, no dia 31 de dezembro, devem correr para garantir a vaga.  O ritmo segue acelerado e as inscrições estão em sua reta final, o que deverá fazer com que o limite de vagas seja alcançado mais cedo do que previsto.

Os interessados em participar podem visitar o site oficial da prova www.saosilvestre.com.br onde contarão com facilidades de pagamento via PIX, parcelamento das inscrições no cartão de crédito em até três vezes ou à vista no boleto e com duas opções de inscrição. A inscrição normal para o Pelotão Geral, com valor de R$ 230,00 (R$ 115 para corredores de 60 anos ou mais), e também para o Pelotão Premium, com kit e espaço de largada diferenciados, por R$ 850,00.

A Corrida oferece o benefício de desconto para pessoas com 60 anos ou mais. Dessa forma, os corredores da categoria não podem ceder sua inscrição em hipótese alguma a terceiros, pois cometerão uma fraude passível de ser punida de acordo com a Lei, conforme está detalhado no Regulamento. Haverá uma área especial na entrega de kit para melhor atender e realizar a verificação de documentos da pessoa inscrita com 60 anos ou mais. Para efeito de classificação, fácil reconhecimento e monitoramento, o número de peito desta categoria será diferenciado. A chegada também contará com câmeras para identificação de todos os atletas inscritos.


4 de novembro de 2022

Alison dos Santos retoma preparação para temporada 2023

O campeão mundial Alison dos Santos, o Piu, retomou os treinamentos nesta segunda-feira para a temporada pré-olímpica com foco no Mundial de Budapeste, na Hungria, de 19 a 27 de agosto de 2023, e no Pan-Americano de Santiago, no Chile, em outubro.

Alison ficará em São Paulo até fevereiro quando seguirá para mais treinos nos Estados Unidos e depois para as competições, principalmente na Europa - fará, novamente, o circuito da Liga Diamante, que começa em maio, por Doha, Catar.

Piu também vai entrar mais vezes em provas de 400 m rasos, mas como preparação para os 400 m com barreiras, que continua sendo o seu foco principal.

“Vai ser um ano muito importante por ter o Pan e o Mundial – nos dois eu posso me consagrar bicampeão e a meta é essa. É chegar lá e cumprir e trazer mais uma conquista para a minha equipe e o Brasil, de ser bicampeão pan-americano e mundial. O foco é a Olimpíada de Paris-2024, mas é pensar em cada temporada”, disse.

"Não foi bom que esses rivais se lesionaram em momentos chaves da temporada. E também teve surpresas como bons atletas americanos e da Europa. Quando a gente se deparou com o recorde do campeonato mundial (47.50) e olhando para o recorde mundial (45.94) é que vimos a magnitude dos 400 m com barreiras. O Alison correu cinco vezes abaixo de 47.50, entre os top all time, mas o nível dessa prova subiu muito", comentou o treinador Felipe de Siqueira.